quarta-feira, 11 de maio de 2011

ERRATA - Pura poesia!




Pavão Pavãozinho

Fernanda Brum

O que vi na Central do Brasil
No Pavão Pavãozinho, em Padre Miguel
Eu não vi em outro lugar, fora daqui
Fora com tanta miséria
Vou lá espantar o fantasma do caos
E mandá-lo pra outro lugar
Pra casa de Apolion
O que vi no agreste mineiro
O que vi no sertão, nos ribeirinhos do amazonas
Extrapolou, extrapolou

É, é a hora do senado acordar
É a hora desse povo sacudir
É a hora da bondade dominar
É, é a hora de crer mais nos tribunais
De exorcizar o mofo das prisões
De ver nossos velhinhos a cantar

Incoerência, Imprudência e maledicência,
os que queriam pregar
perdeu a inocência
No Palanque da injustiça onde o pobre passa fome,
Onde o orfão, A viúva e o idoso não têm nome
Promessas esquecidas de outros carnavais
Lembravam da igreja, agora não lembram mais
Seguiram no batuque dessa dinherada
Perderam a visão, agora já não têm mais nada

Olah internautas!
Ontem me deparei com essa maravilhosa cancao crista e, devido a alguns comentarios meus inspirados pelo capeta, venho agora me retratar e pedir perdao. Resolvi ler a letra e me pergunto: Como nao pude enxergar tamanha poesia?
A musica gospel vem demonstrando clara evolucao em sua qualidade atraves dos anos. Os exemplos sao inumeros: Ana Paula Valadao, Andre Valadao, Hillsong, Casa de Davi, Cassiane... E a Fernanda Brum vem coroar esse processo com "Pavao Pavaozinho".
Uma musica com clara preocupacao social, e uma critica inteligente ao nosso senado diante da situacao triste dos morros do Rio de Janeiro. Jah estava na hora de alguem mandar essa miseria pra "casa de Apolion", nao eh mesmo?
Quanto tempo vai demorar pra esse povo sacudir? Pra o mofo das prisoes ser exorcisado? Pros nossos velhinhos voltarem a cantar? Chego ateh a me emocionar... Impossivel ouvir sem ter os olhos marejados por lagrimas.
Eh bom demais ver e saber que tamanha producao foi utilizada pra uma divulgacao do evangelho tao transformadora e edificante. Mil perdoes mais uma vez pelo post passado. O diabo estava me cegando. Eu, como cristao presibiteriano, me retrato... Afinal de contas, criticas nao levam a nada e devemos estar aabertos a tudo "pelo Reino", nao eh mesmo?

Todospelaobra!



Foto meramente ilustrativa

terça-feira, 10 de maio de 2011

Musica Gospel? Nao, Obrigado...



Nem ia postar mais hoje... Dei uma entrada no twitter e me deparei com a hashtag #pavaopavaozinho no trending topics. Quando achei que iria ver algum projeto social ou noticia sobre a comunidade, me surpreendo com o novo sucesso da WTF Music... (Pros menos conectados WTF = What the F*ckin). O novo sucesso da Fernanda Brum.
Jah nao ouco musica gospel ha muito tempo. Dei esse descanso aos meus ouvidos pelo simples motivo da qualidade pessima de quase todas as cancoes e a mediocridade dos temas (nunca generalizando). Mas o que dah mais pena eh o desperdicio.
A producao de um clip como esse, cameras, edicao... Pruma musica que fala que "Eh hora desse povo sacudir, eh hora de exorcisar o muro das prisoes, de ver nossos velhinhos a cantar..."
Nao sei em que tipo de lugar a Fernanda Brum vive, mas povo sacudindo? Exorcismo nos MUROS das prisoes? Velhinhos cantando? Nao curto muito essa versao de "A Praca eh Nossa" na Bahia...
Podem ateh falar de musica com "interesse social"... Mas acho dificil uma musica que nem ME interessa, interessar a sociedade...
Sonho com o dia em que a musica "gospel" fale do que realmente importa. Que fale de tudo, sem necessariamente o amuleto da palavra "Deus", ou as girias evangelicas das igrejas. Uma musica que olhe com os olhos do ceu e fale as pessoas da terra. Isso sim seriam "boas novas"...



Livros que estou lendo:
Abusado - O Dono do Morro Dona Marta, de Caco Barcellos
Uma visao do Rio de Janeiro do ponto de vista do trafico. Um tropa de elite visto dos morros. Recomendo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Voltando a errar...




Post rapido... Soh pra mostrar que estou voltando. Depois de um final de ano agitado, com mudancas repentinas, retomo esse finado blog, escrevendo agora da cidade (maravilhosa?) do Rio de Janeiro. Agora de cara limpa pra poder ser quem sou. Errar com nome. Pra quem me conhece, por favor, nao espere nada diferente. Criticas sim, 'brincadeiras' (se eh que posso chamar dessa maneira) SEMPRE.
Espero atingir a todos, e ajudar ninguem. Jah desisti dessa historia de ajudar ha algum tempo... Ser exemplo pra alguem? Nao, obrigado. Nao quero ser exemplo nem pra mim mesmo. Afinal, quem ia querer outro igual a mim? Um jah eh mais que o suficiente.
Se gostar, agradeco. Se nao gostar, a opcao de ler eh sua. E de nao ler tambem. Caso nao resista, o espaco de comentarios eh aberto, fique a vontade. Nao eh um blog religioso, muito menos evangelico (jah que odeio essa palavra e jah parei de me chamar assim). Eh livre. Meu lugar de desabafo, meu lugar de esculacho. Espero nao parar novamente... Falar eh necessario de vez em quando.


P.s. Eu sei escrever, ok? Os erros de digitacao sao propositais, afinal meu teclado eh configurado em ingles e nao tenho capacidade intelectual de mudar isso. Mais erros, meus erros.

Estou lendo e recomendo:

Impio- o Evangelho de um ateu, de Fabio Marton

Agradecimento: Leo Ximenes



sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Vagabundas, cristãos e dois canos fumegantes


Eu conheço muita gente inteligente e muita gente burra, conheço muita gente que tem o desejo de conhecer mais para poder ensinar e viver mais, ou melhor, conheço pessoas fascinantes que fazem coisas absurdas no Reino de Deus que simplesmente não tem cargos nem nomes de instituições para mostrar que eles são “evangélicos”.

Qual será que foi o tempo que nós perdemos aquele poder criativo e inspirador de influenciar as pessoas e engajar no mundo secular mostrando a verdade de Deus? a maioria dos cristãos optou pela solução mais fácil, refugiando-se em uma espécie de subcultura cristã na qual se envolvem com assuntos cristãos, para depois retornar à sociedade secular, na qual seu Cristianismo é mantido longe dos olhos até o próximo culto na igreja. Em vez de entrar engajado no mundo e fazendo coisas com o nosso DNA cristão, coisas para o mundo, nós preferimos criar um mundo paralelo cristão. Eu fico com raiva quando alguém me pergunta que tipo de música que eu escuto gospel ou secular? Ops, meu olho esquerdo música não é música, o que muda não é o engajamento?

Algumas pessoas inteligentes que eu conheço conseguem argumentar com um Ateu do mesmo nível intelectual sem ser apelativo, outras pessoas conseguem transformar uma conversa “normal” em uma conversar cristã influenciando as pessoas que conversam sem ao menos falar ou citar o nome de Jesus. DNA cristão. DNA de Jesus dentro de nós.

Meu a coisa mais “estranha” que existe é cristão chato, além de chato tem alguns que são burros. Eu preciso orar muito por eles, aliais eu aprendi esses tempo atrás que eu tenho que orar o dobro para esses crentes, para aprender amar eles assim como eu amo uma prostituta, eu amo mais uma prostituta do que um crente, isso é super ruim, mas existem crentes “estranhos”, fui em uma igreja e estava falando de prostituição, prostitutas e derrepente um maluco me solta que “essas prostitutas vagabundas…” Nossa fiquei pensando vagabundas? Será que é porque elas são vagabundas porque são prostitutas ou porque elas são vagabundas porque “dão” e cobram? Porque se ser vagabunda e quem “dá” dentro das igrejas tem varias “vagabundas” que não cobram. Saca esses tipos de comentários vem de pessoas que estão ainda presos em uma cultura de fazer distinção de “igreja” e mundo. Acho que eles ficam com medo de perder a fé em Deus e começar a ter fé no mundo.

Os cristãos são chamados a “lutar” por sua fé. Esse termo sugere que devem estar prontos para defender suas convicções e que irão enfrentar oposição. A primeira carta de Pedro 3:15 diz aos cristãos: “Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.” Mas, para dar razões, você deve, primeiro, conhecer aquilo em que crê, em seguida, saber por que crê; e, finalmente, ser capaz de expressar essas razões para aqueles que não compartilham sua fé. Em suma, deve compreender o que há no Cristianismo de tão surpreendente. O que há é Jesus Cristo que possivelmente estaria domingo do lado de fora de uma igreja do que dentro dela escutando o louvor e a pregação dela.

Sejam inteligentes, leiam, pratique estudem e viva a bíblia, acredite nela. Igreja não salva, Jesus Cristo salva. Um detalhe importante para você ver que você precisa ir além de igrejas é que em 1960, a Igreja Presbiteriana tinha 4,2 milhões de membros; agora tem 2,4 milhões. A Igreja Episcopal tinha 3,4 milhões; agora tem 2,3 milhões. A Igreja Unida de Cristo tinha 2,2 milhões; agora tem 1,3 milhão. Isso é um problemasso. Ou os cristãos estão saindo dessas igrejas e se desviando ou essas pessoas estão indo para igrejas mais liberais, porém se realmente isso for verdade os cristãos tradicionais que ainda estão em igrejas liberais estão cada vez mais alienados. O problema é que alguns precisam “ainda” tomar a p'ilula vermelha do Cristianismo e conhece a explosão que se chama Jesus. Isso é mais uma verdade sobre o Cristianismo.

Jota Mossadihj

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Bem e mal em Gotham City


Estou sempre à procura de verdade e beleza. Normalmente sei onde encontrá-las. Há casas dedicadas a abrigá-las. Há veículos de mídia que as transmitem. E há pessoas que as incorporam nas suas visagens e vidas. Mas ocasionalmente encontro verdades profundas e belezas deslumbrantes em lugares inesperados. Como, por exemplo, num filme de super-herói.

Perguntei a um dos meus filhos se ele já havia assistido “Batman, o cavaleiro das trevas”. “Brilhante, nada menos que Shakespeare para os nossos dias”, disse ele. De fato. “Otelo” em Gotham City, ou algo assim.

Nutro admiração por roteiristas e diretores que não conseguem apenas entreter seus públicos. Não sabem trabalhar sem lidar com os elementos existenciais e espirituais que envolvem seus personagens e tramas. Neste filme, a estrela é o roteiro. É sobre a coreografia literária dos irmãos Nolan que Heath Ledger dança e inventa um dos personagens mais assombrosos do cinema recente. Inspirados na obra original de Bob Kane, desta vez os roteiristas conseguem agarrar até os cinéfilos mais enfastiados para revelar o destino trágico do pós-modernismo levado às últimas conseqüências.

As faces do mal são mais multiformes e complexas que a face do bem. Tolstói começa “Anna Karenina” assim: “Todas as famílias felizes são iguais, mas as famílias infelizes são infelizes cada uma ao seu modo”. Em “Quincas Borba”, Machado de Assis descobriu que “a moral é uma, os pecados são diferentes”. O diretor Christopher Nolan compreendeu tudo isto e preferiu apresentar a criatividade do mal — e suas sombrias motivações — sem nunca glamourizá-lo. A simplicidade do bem brilha claramente, mas quase sempre o caminho que leva a ele é rondado por ameaças e dilemas.

Todas as cenas contemplam o bem e o mal. Nolan volta sua atenção aos rostos dos personagens. Há rostos lindos desfigurados apenas pelas suas expressões, rostos transformados em semblantes transtornados como resultado da aplicação de maquiagem em leve demasia, rostos cobertos por máscaras de palhaço, rostos lambusados, rostos parcialmente cobertos e um rosto dividido por uma linha vertical que parece literalmente dividir o mal do bem.

Este “show” reluzente e violento sobre moral e ética se dá num fastuoso ambiente visual. Em perfeita sintonia com o mais recente código de ética visual dos diretores “sérios” de Hollywood, Nolan lançou mão dos efeitos especiais CGI apenas quando necessários. No papel de Batman, Christian Bale insistiu em fazer quase todas as cenas pessoalmente, inclusive as mais perigosas. Até a famosa cena do solitário cavaleiro na beira do edifício mais alto da cidade foi fotografada com o próprio Bale em cima do Sears Tower de Chicago.

Várias semanas após assistir ao filme pela primeira vez, ainda não consigo me ver livre dele. Seu tratamento do mal me lembra o redemoinho de pecados do qual nenhum de nós consegue escapar sozinho. Sua representação do bem me relembra que esta, sim, é fácil de encontrar; nós é que fingimos não vê-la.

Não se surpreenda se a maior lição de moral do ano procede não de um guru de auto-ajuda, nem de uma vítima de câncer que escreve seu último livro, mas de um cara torturado que vive dentro de uma fantasia de morcego.

Mark Carpenter é diretor-presidente da Editora Mundo Cristão e mestre em letras modernas pela USP.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Orgulho?



Dia desses estava em casa e, nessas zapeadas que a gente dá na TV, acabei me deparando com um filme de 1993 . Mudança de Hábito 2. Ok,ok, sei que vai parecer sessão nostalgia. Mas vai um pouco além disso. Se você, por uma dessas razões que a gente desconhece, não assistiu esse filme, ele fala de uma falsa freira que vai até um colégio para ensinar música. Na sua empreitada, descobre talentos entre aqueles meninos de escola pública e resolve montar um coro na tentativa de não fechar a escola. É um filme simples, no entento, inspirador.
Não pela história de um coro que vence um concurso e mantém sua escola aberta, mas pelos pequenos detalhes da história. Dentre os quais, o meu preferido: a conquista do orgulho.
Na igreja a gente aprende que orgulho é coisa do demônio, e que a gente deve ser humilde sempre. Em parte, isso está certo sim. Mas estou falando de um orgulho diferente.
No filme, enxergamos um monte de adolescentes completamente desacreditados pelos professores, pelos pais e, principalmente, por si mesmos. Eles não acreditam que podem.
Esses jovens conquistaram confiança em si mesmos, mas pra chegarem aí, tiveram que reconquistar seu orgulho.
Depois do filme me peguei pensando...como o orgulho pode ser ruim? Como confiar em si mesmo pode ser tão traiçoeiro?
Esse orgulho não é assim...
Porque não é orgulho...
É simplesmente se sentir amado.