sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Vagabundas, cristãos e dois canos fumegantes


Eu conheço muita gente inteligente e muita gente burra, conheço muita gente que tem o desejo de conhecer mais para poder ensinar e viver mais, ou melhor, conheço pessoas fascinantes que fazem coisas absurdas no Reino de Deus que simplesmente não tem cargos nem nomes de instituições para mostrar que eles são “evangélicos”.

Qual será que foi o tempo que nós perdemos aquele poder criativo e inspirador de influenciar as pessoas e engajar no mundo secular mostrando a verdade de Deus? a maioria dos cristãos optou pela solução mais fácil, refugiando-se em uma espécie de subcultura cristã na qual se envolvem com assuntos cristãos, para depois retornar à sociedade secular, na qual seu Cristianismo é mantido longe dos olhos até o próximo culto na igreja. Em vez de entrar engajado no mundo e fazendo coisas com o nosso DNA cristão, coisas para o mundo, nós preferimos criar um mundo paralelo cristão. Eu fico com raiva quando alguém me pergunta que tipo de música que eu escuto gospel ou secular? Ops, meu olho esquerdo música não é música, o que muda não é o engajamento?

Algumas pessoas inteligentes que eu conheço conseguem argumentar com um Ateu do mesmo nível intelectual sem ser apelativo, outras pessoas conseguem transformar uma conversa “normal” em uma conversar cristã influenciando as pessoas que conversam sem ao menos falar ou citar o nome de Jesus. DNA cristão. DNA de Jesus dentro de nós.

Meu a coisa mais “estranha” que existe é cristão chato, além de chato tem alguns que são burros. Eu preciso orar muito por eles, aliais eu aprendi esses tempo atrás que eu tenho que orar o dobro para esses crentes, para aprender amar eles assim como eu amo uma prostituta, eu amo mais uma prostituta do que um crente, isso é super ruim, mas existem crentes “estranhos”, fui em uma igreja e estava falando de prostituição, prostitutas e derrepente um maluco me solta que “essas prostitutas vagabundas…” Nossa fiquei pensando vagabundas? Será que é porque elas são vagabundas porque são prostitutas ou porque elas são vagabundas porque “dão” e cobram? Porque se ser vagabunda e quem “dá” dentro das igrejas tem varias “vagabundas” que não cobram. Saca esses tipos de comentários vem de pessoas que estão ainda presos em uma cultura de fazer distinção de “igreja” e mundo. Acho que eles ficam com medo de perder a fé em Deus e começar a ter fé no mundo.

Os cristãos são chamados a “lutar” por sua fé. Esse termo sugere que devem estar prontos para defender suas convicções e que irão enfrentar oposição. A primeira carta de Pedro 3:15 diz aos cristãos: “Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês.” Mas, para dar razões, você deve, primeiro, conhecer aquilo em que crê, em seguida, saber por que crê; e, finalmente, ser capaz de expressar essas razões para aqueles que não compartilham sua fé. Em suma, deve compreender o que há no Cristianismo de tão surpreendente. O que há é Jesus Cristo que possivelmente estaria domingo do lado de fora de uma igreja do que dentro dela escutando o louvor e a pregação dela.

Sejam inteligentes, leiam, pratique estudem e viva a bíblia, acredite nela. Igreja não salva, Jesus Cristo salva. Um detalhe importante para você ver que você precisa ir além de igrejas é que em 1960, a Igreja Presbiteriana tinha 4,2 milhões de membros; agora tem 2,4 milhões. A Igreja Episcopal tinha 3,4 milhões; agora tem 2,3 milhões. A Igreja Unida de Cristo tinha 2,2 milhões; agora tem 1,3 milhão. Isso é um problemasso. Ou os cristãos estão saindo dessas igrejas e se desviando ou essas pessoas estão indo para igrejas mais liberais, porém se realmente isso for verdade os cristãos tradicionais que ainda estão em igrejas liberais estão cada vez mais alienados. O problema é que alguns precisam “ainda” tomar a p'ilula vermelha do Cristianismo e conhece a explosão que se chama Jesus. Isso é mais uma verdade sobre o Cristianismo.

Jota Mossadihj

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Bem e mal em Gotham City


Estou sempre à procura de verdade e beleza. Normalmente sei onde encontrá-las. Há casas dedicadas a abrigá-las. Há veículos de mídia que as transmitem. E há pessoas que as incorporam nas suas visagens e vidas. Mas ocasionalmente encontro verdades profundas e belezas deslumbrantes em lugares inesperados. Como, por exemplo, num filme de super-herói.

Perguntei a um dos meus filhos se ele já havia assistido “Batman, o cavaleiro das trevas”. “Brilhante, nada menos que Shakespeare para os nossos dias”, disse ele. De fato. “Otelo” em Gotham City, ou algo assim.

Nutro admiração por roteiristas e diretores que não conseguem apenas entreter seus públicos. Não sabem trabalhar sem lidar com os elementos existenciais e espirituais que envolvem seus personagens e tramas. Neste filme, a estrela é o roteiro. É sobre a coreografia literária dos irmãos Nolan que Heath Ledger dança e inventa um dos personagens mais assombrosos do cinema recente. Inspirados na obra original de Bob Kane, desta vez os roteiristas conseguem agarrar até os cinéfilos mais enfastiados para revelar o destino trágico do pós-modernismo levado às últimas conseqüências.

As faces do mal são mais multiformes e complexas que a face do bem. Tolstói começa “Anna Karenina” assim: “Todas as famílias felizes são iguais, mas as famílias infelizes são infelizes cada uma ao seu modo”. Em “Quincas Borba”, Machado de Assis descobriu que “a moral é uma, os pecados são diferentes”. O diretor Christopher Nolan compreendeu tudo isto e preferiu apresentar a criatividade do mal — e suas sombrias motivações — sem nunca glamourizá-lo. A simplicidade do bem brilha claramente, mas quase sempre o caminho que leva a ele é rondado por ameaças e dilemas.

Todas as cenas contemplam o bem e o mal. Nolan volta sua atenção aos rostos dos personagens. Há rostos lindos desfigurados apenas pelas suas expressões, rostos transformados em semblantes transtornados como resultado da aplicação de maquiagem em leve demasia, rostos cobertos por máscaras de palhaço, rostos lambusados, rostos parcialmente cobertos e um rosto dividido por uma linha vertical que parece literalmente dividir o mal do bem.

Este “show” reluzente e violento sobre moral e ética se dá num fastuoso ambiente visual. Em perfeita sintonia com o mais recente código de ética visual dos diretores “sérios” de Hollywood, Nolan lançou mão dos efeitos especiais CGI apenas quando necessários. No papel de Batman, Christian Bale insistiu em fazer quase todas as cenas pessoalmente, inclusive as mais perigosas. Até a famosa cena do solitário cavaleiro na beira do edifício mais alto da cidade foi fotografada com o próprio Bale em cima do Sears Tower de Chicago.

Várias semanas após assistir ao filme pela primeira vez, ainda não consigo me ver livre dele. Seu tratamento do mal me lembra o redemoinho de pecados do qual nenhum de nós consegue escapar sozinho. Sua representação do bem me relembra que esta, sim, é fácil de encontrar; nós é que fingimos não vê-la.

Não se surpreenda se a maior lição de moral do ano procede não de um guru de auto-ajuda, nem de uma vítima de câncer que escreve seu último livro, mas de um cara torturado que vive dentro de uma fantasia de morcego.

Mark Carpenter é diretor-presidente da Editora Mundo Cristão e mestre em letras modernas pela USP.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Orgulho?



Dia desses estava em casa e, nessas zapeadas que a gente dá na TV, acabei me deparando com um filme de 1993 . Mudança de Hábito 2. Ok,ok, sei que vai parecer sessão nostalgia. Mas vai um pouco além disso. Se você, por uma dessas razões que a gente desconhece, não assistiu esse filme, ele fala de uma falsa freira que vai até um colégio para ensinar música. Na sua empreitada, descobre talentos entre aqueles meninos de escola pública e resolve montar um coro na tentativa de não fechar a escola. É um filme simples, no entento, inspirador.
Não pela história de um coro que vence um concurso e mantém sua escola aberta, mas pelos pequenos detalhes da história. Dentre os quais, o meu preferido: a conquista do orgulho.
Na igreja a gente aprende que orgulho é coisa do demônio, e que a gente deve ser humilde sempre. Em parte, isso está certo sim. Mas estou falando de um orgulho diferente.
No filme, enxergamos um monte de adolescentes completamente desacreditados pelos professores, pelos pais e, principalmente, por si mesmos. Eles não acreditam que podem.
Esses jovens conquistaram confiança em si mesmos, mas pra chegarem aí, tiveram que reconquistar seu orgulho.
Depois do filme me peguei pensando...como o orgulho pode ser ruim? Como confiar em si mesmo pode ser tão traiçoeiro?
Esse orgulho não é assim...
Porque não é orgulho...
É simplesmente se sentir amado.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Eu queria ser o Wolverine...


Olá, se ainda sobrou alguém que lê esse troço...ESTAMOS DE VOLTA! O blog mais agonizante dos últimos sessenta dias ressurge! Como diria um profeta dos nossos dias: "o pulso ainda pulsa!". Pra ser bem sincero, pensei em encerrar o blog, mas depois de uma repreensão de um amigo meu, resolvi retomar, escrevendo sobre uma coisa simples. Não esperem lição de moral hoje. Só um desabafo.

Eu queria ser o Wolverine! Mas não pelas razões óbvias. Eu não queria garras de adamantium, também não queria ter o fator de cura, não. Também não queria a voz de veludo nem o penteado estiloso. O que eu queria do Wolverine era a amnésia. Os leitores mais fiéis ou simplesmente aqueles que viram aquele último filme medíocre do Hugh Jackman sabem que, por conta do seu poder de regeneração, o nosso heroi atravessa épocas históricas nos EUA e Canadá, no entanto, de tempos em tempos, ele simplesmente esquece de tudo. É com se alguém, do nada, apertasse o "reset". A matrix reinicia e ele esquece de absolutamente tudo! De tempos em tempos, sem razão aparente, o Wolverine volta ao zero. Maravilha não?
Calma, não sou louco (não muito). Mas imaginem, se quando o estresse se tornasse muito grande ou o cansaço, ou ainda mais, o desânimo viesse, você pudesse simplesmente esquecer de TUDO! Recomeçar do zero! CARACA! Ia ser fantástico!
Sem cicatrizes, sem lembranças, sem traumas....tudo completamente novo.
Poder recomeçar sem culpa, sem medo de errar, sem lembrar de ter magoado ninguém. Uma formatação com perda total dos dados.
Seria tão bom...ou não?
E se você pudesse escolher?
Ficaria com as lembranças ou a amnésia sem culpa?
Eu, hoje, queria ser o Wolverine.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Viajando




Se alguém realmente se interessa por esse blog, fica a explicação: não estou atualizando, pois estou em viagem.


Abraços!


Por enquanto, fica a sugestão de site: http://www.jovemnerd.com.br/

Muito engraçado! Pra relaxar!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Efeito Aline







Nos últimos dias, uma corrente tomou conta da internet, televisão e jornais de Pernambuco. Pessoas fazendo apelo por uma menina que, muitas delas, nem a conheciam. Aline de Araújo Coelho. Uma menina que eu também não conheço, mas que conseguiu, com seu problema, mover uma onda de solidariedade no Estado. Aline tem leucemia. E está passando por todo um processo de quimioterapia. Aline precisa de um transplante de medula óssea. A partir dessa necessidade de Aline, centenas de pessoas tem se dirigido ao banco de medula óssea para realizar o teste de compatibilidade. É um teste simples. São retirados 5ml de sangue para a realização do teste e, a partir desses 5ml, seu nome entra num banco de dados lhe tornando um doador de medula para qualquer pessoa que precise em todo o Brasil. A probabilidade de encontrar alguém compatível fora da família é de 1:100 000.


Hoje fui até o banco de medula. Num espaço de pouco mais de uma hora pude ver mais de 100 pessoas entrarem lá para realizar o teste e, praticamente todas, foram levadas pelo efeito Aline.


Faça sua parte...


É fácil, e você pode salvar uma vida. 1:100 000 parece pouco demais, mas não vai ser se formos esse "um".




É só ir até:


HLA Diagnóstico Ltda. R. Gonçalves Maia, 113 Soledade - Recife - PECEP 50070-140Tel/Fax (81) 3421.3387Tel/Fax (81) 3423.5156.




Faça parte do efeito Aline. Você pode ser parte de um milagre.




sábado, 16 de maio de 2009

Um Novo Conto





Logo após a criação, um anjo, percebendo os momentos de tristeza de Adão, procurou a Deus:


- Senhor?

-Sim,meu servo?

-Senhor... Eu estava observando a tua nova criação.

-Sim, maravilhosa, não é?

-Sim Senhor, no entanto...

-O que houve, servo?
-Senhor... No entanto, eu acho que ele tem um defeito.

-Um defeito?

-Sim, Senhor. Estava observando Adão e percebi que, quando ele está triste, seus olhos vazam. Começa a sair água deles! É inexplicável, Senhor! Do nada, seu rosto fica completamente molhado! Eu temo que isso possa trazer mais problemas futuramente.


Deus riu-se do anjo.

-Ah,meu servo. Não é um defeito. São lágrimas. Eu as coloquei lá. Para quando os homens se sentirem angustiados, com raiva ou ainda mesmo, felizes demais. Quando esses sentimentos forem, em demasiado, grandes e parecerem não se conter dentro deles.Nesses momentos, para que seus corações exprimam sua tensão, as lágrimas caem. É o choro... Na medida certa, ele alivia suas almas.
-Ah, Senhor! Obrigado pela explicação, e desculpe o incômodo.

-Tudo bem, meu servo.


O tempo passou e, dia desses, aquele mesmo anjo voltou à presença de Deus:


-Senhor?

-Sim,meu servo?

-Lembra das lágrimas? Eu tenho mais uma dúvida...

-Fale.

-O Senhor falou que o choro, na medida certa, alivia as almas dos homens, certo?
-Certo...
-Bom... A partir de que momento devemos começar a nos preocupar?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Estigmas


Primeiramente, ficam as minhas desculpas pelo tempo sem postar. A preguiça e a falta de inspiração não me permitiram. Ah! E desculpas também por mais um post futebolístico. O fato é que, ultimamente, vejo mais jogo de futebol que comentarista da SPORTV. Então...Lamento! 
Bom, final de semana passado foi a final dos estaduais em vários locais do Brasil. E apesar de estar feliz da vida pelo campeonato paulista vencido pelo Todo-poderoso, não é dele que vou falar hoje.
A final do carioca me chamou a atenção... Chamou a atenção pela pergunta que foi lançada pela imprensa: Quem vai ser tri-vice, Cuca ou o Botafogo?
De um lado uma torcida que eu já vi sofrer de perto. Tenho amigos legitimamente botafoguenses, e sei o que passaram nas mãos dos rubro-negros. E do outro, bem, do outro o solitário Cuca.
Tenho de assumir que nunca simpatizei muito com ele. Desde o bi-vicecampeonato pelo Botafogo, passando pelo desastre no Santos, eu nunca confiei nele. E, pra ser bem sincero, nunca o desejei como técnico do meu Timão. Mas uma coisa tenho que admitir, Cuca é um vencedor.
Já fazia três anos que esse homem carregava o fardo de fazer boas campanhas e perder as finais. Fez um bom trabalho no alvi-negro carioca, mas não foi reconhecido. E parecia não vingar em outras equipes. É Cuca... até fama da zicado ele ganhou.
E, por essas voltas da vida, o treinador foi parar justamente no Flamengo. Depois de ser desclassificado na Taça Guanabara, teve de ouvir a sua ex-torcida, agora campeã gritar: ÔÔÔ, VICE É O CUCA!
É deve ter doído... e o pior, tinha tudo pra ser verdade. Cuca tomou isso como um estímulo e, naquela mesma semana disse: "O vice ainda pode ser o Botafogo".
Alguns acreditaram, outros não. O fato é que o Flamengo conseguiu reverter uma situação que parecia quase entregar o título ao Botafogo, e causou mais duas partidas, empatando a primeira em 2x2 e, finalmente, chegando na grande final.
E parecia ser dia de Cuca... Logo no primeiro tempo 2x0 para o Flamengo. 
Agora  convido você a tentar entrar na mente daquele homem naquela última hora de jogo. Pênalti pro Botafogo...O goleiro Bruno pega! É hoje é meu dia! Eles vão ver! 
De repente, gol do Botafogo, 2x1. Tudo bem! Ainda estamos na frente! Ainda é meu dia! 
Quando menos se esperava, Juninho bate a falta, 2x2. Ai meu Deus...De novo,Pai?
E pênaltis...
Se tem um lugar que eu não queria estar, era no lugar de Cuca. Será que sou mesmo um perdedor? Será vou ter que carregar esse estigma por toda minha vida? Ser sempre o segundo?
Não Cuca...não dessa vez.
Cuca mostrou que nem sempre os resultados estão certos, nem sempre a torcida e a imprensa está certa... Muitas vezes, nem mesmo o próprio coração está certo.
Sempre é tempo de vencer... Sempre é tempo de deixar de ser o segundo.
Basta não desistir.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Reincidentes


O quão máximo é possível acreditar em alguém?
Quantas chances são necessárias? Quantas chances são suficientes?
Até onde insistir?

Cerca de 75% dos jovens que saem de instituições corretivas nos EUA,  retornam pra instituição,vão pra cadeia ou são assassinados. Lugares que deveriam mudar as suas vidas,mas no final se revelam verdadeira piadas de mau gosto. Não corrigem, acentuam. Jovens que entram marginalizados, saem criminosos. E, se alguma vez acreditaram na palavra "mudança", essa fé corre pelo esgoto sendo transformada em zombaria e deboche, com retoques de total desconfiança. 
Se ninguém acredita neles, porque eles acreditariam?

Correção...Mudança...
Não sei qual a porcentagem de pessoas que buscam a igreja querendo mudança, e voltam frustradas. Também não sei quantos potenciais criminosos de hoje frequentaram escola dominical ou discipulados não encontrando a resposta que queriam. Não tenho ideia de quantos foram atrás de um ombro amigo que simplesmente os escutasse, e deram de cara com regras e leis que os fizeram se sentir ainda piores do que quando entraram. Deveríamos ser o centro de correção, o lugar de mudança. O lugar onde se acredita nas pessoas, sem necessariamente as pessoas merecerem crédito. O lugar da chance.

A reincidência parece que nunca vai ter fim... mas como saber se não tentarmos? Afinal de contas, todos somos reincidentes,não é mesmo?


quinta-feira, 16 de abril de 2009

Se minha igreja fosse um time de futebol


Dia desses, eu estava pensando... e se a minha igreja fosse um time de futebol? Isso mesmo! Ah, se a minha igreja fosse um time de futebol...
Se a minha igreja fosse um time de futebol, todo domingo ia ser uma festa, as pessoas iriam estar alegres, esperançosas porque o craque iria entrar em campo. As pessoas iriam levar suas famílias, e comentariam no caminho pro jogo sobre como nosso time era bom, relembrando dos grandes momentos e dos grandes jogos do passado. A semana toda seria em função do time, conversando, comentando, vibrando e esperando ansiosamente pelo próximo momento de ir ao estádio.
Se minha igreja fosse um time de futebol, todo mundo vestiria a camisa e não se cansaria de cantar, nem de ver o time em campo. Os torcedores fariam questão de contribuir com o time e, por mais caro que fosse o ingresso, o amor pelo time seria maior. Afinal de contas, amor pelo time é pra sempre, não é?
Se a minha igreja fosse um time de futebol não interessaria a hora do jogo, se o jogo era importante, não interessariam nem mesmo os jogadores, mas apenas a camisa, o time. Mesmo se o elenco não fosse essa maravilha e sempre pisasse na bola, a torcida gritaria : “Eu nunca vou te abandonar, porque eu te amo!” . O time seria maior que os dirigentes, seria maior que os jogadores, seria maior que a torcida...
Se minha igreja fosse um time de futebol, as alegrias seriam eternas como aqueles títulos ganhos há décadas atrás e as tristezas... bom, as tristezas tentariam servir de lição e, por mais que se repetissem, nunca seriam motivo pra “virar a casaca”.
Se a minha igreja fosse um time de futebol, eu falaria dela a semana inteira, contando do lance inacreditável ou da alma salva no último minuto. Eu defenderia tanto o meu time, que algumas pessoas iriam querer ver um jogo, e se encantariam pela torcida, e por fim, se tornariam, torcedores também.
Se minha igreja fosse um time de futebol, eu não teria vergonha nem da mais vergonhosa derrota, nem que ele caísse pra última divisão, porque eu sempre saberia que o Time era maior que tudo aquilo.
Se a minha igreja fosse um time de futebol, as diferenças entre os torcedores cairiam por terra... O rico, o pobre, o negro, o branco, a mulher, o homem, a criança e o idoso, todos estariam juntos pra gritar o único nome que realmente importava.
Seria uma só bandeira, um só amor que nunca acabaria. Mas só se minha igreja fosse um time de futebol...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

De dentro pra fora

Essa semana se falou de muita coisa, e um dos assuntos que me chamou atenção foi : Adriano vai dar um tempo no futebol.Depois de sumir por quase uma semana, o jogador reapereceu com essa... Apesar de não curtir muito o futebol dele a achar que é uma ótima oportunidade para Ronaldo, o Gordo, voltar pra Seleça (se é que ainda se pode achamar assim), a notícia chamou minha atenção.
Um cara que tem "tudo" dá uma entrevista dizendo que precisa voltar pra casa, pra família, andar descalço e de bermuda, visitar a favela... Pra voltar a ser feliz. 
Quem sou eu pra discutir felicidade de ninguém...Só Deus sabe o que está se passando na cabeça de Adriano. Vi vários técnicos (Parreira, Muricy...) falando que ele precisa de ajuda psicológica e vi até o chato plantão, Dr. Marco Aurélio Cunha, do São Paulo dizer que o jogador tinha uma "perturbação mental". 
Já dizia alguém: "Dinheiro não traz felicidade, manda buscar" . Não acredito nisso... Acho que realmente Adriano está triste. Mas não creio que seja por causa do futebol e da fama. Acho que simplesmente essas coisas não o preenchem mais... Perderam a graça.
Mais triste ainda é vê-lo achar que a favela vai trazer essa alegria de volta... Achar que felicidade mora num lugar ou no simples fato de colocar os pés no chão. Não, Adriano. Alegria não vem de fora pra dentro. Alegria vem de dentro pra fora... e de cima pra dentro.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

"Save the cheerleader, save the world!"





Hoje em dia, todo mundo quer salvar o mundo. Desde que essa onda de aquecimento global começou (a ser falada), tudo que é neguinho (e branquinho) se candidatou a Super-Homem. Ecologistas, atores de cinema, políticos (é..o Barack)... O mundo caiu nas mãos do mundo. E não sei se salvação tem sido muito bem o objetivo...
Com certeza você já ouviu:

  • Pinte seu telhado de branco (patrocínio: Suvinil)
  • Ande de bicicleta
  • Apague a luz durante 1 hora (a Celpe deve estar amando!)
  • Plante uma árvore (os maconheiros contribuem!)

Venho deixar minha contribuição! Salvemos o planeta! Tudo o que temos de fazer é...
sei lá...
Reflexão do dia (não é site de auto-ajuda): Adianta salvar o mundo, se não suportamos as pessoas que estão nele?
Comecemos pelas pessoas...
Adoro o vídeo... All we gotta do is...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Será que deixo marcas?



01:12 p.m. Acabo de sair do MSN... conversa com uma menina. Não, não é o que vocês estão pensando! Realmente uma menina. Uma menina que mal conheci, e que realmente fui enxergando nas conversas pelo computador. Uma menina sozinha. Que só queria uma coisa: ser Amada. Amada pelos pais, amada pelos avós, amada pelos amigos... amada por alguém. Nessas horas, uma pergunta não sai da cabeça: o que eu posso fazer por ela?


Encontro vidas todos os dias...meus pais, meus irmãos. Gente que brigo e discuto, mas apesar de tudo, amo. No entanto , me incomoda o fato de encontrar pessoas que parecem distantes, e aparentam carregar um cartaz no pescoço dizendo "Socorro!" .


Pessoas precisando de uma palavra, de um abraço, de um ombro, de um ouvido, de uma oração...


Você também encontra?


Pessoas com as quais passamos pouquíssimo tempo, mas queríamos que esse tempo fosse transformador e que, daqui há alguns anos, quando perguntassem a essa pessoa: O que te ajudou na vida? Ela respondesse que foi no dia em que te encontrou que tudo começou a mudar...


Cada momento pode ser o tempo da mudança de direção. E nós podemos ser as setas que sinalizam o caminho.


Eu sei que parece filosofia barata, e também sei que inúmeras vezes, eu mesmo, deixei de fazer o bem.


No entanto, de uma coisa tenho certeza... existiram momentos como esse na minha vida. E sou grato a cada pessoa que me mostrou por onde seguir.





Talvez não possamos mudar o mundo...


mas nada nos impede de tentar mudar o mundo de alguém.





Primeiro Ato

A palavra da vez é ser autêntico... Ser alguém de verdade em todas as ocasiões. Ser alguém, como diria a filósofa pop Ana Carolina (essa mesma que você está pensando...): "...ser eu mesma e esperar que o público goste de mim assim!"

Ser eu mesmo...será possível?

Nos vemos em meio ao dilema:

1. Criar o personagem e tentar se encaixar nesse mundo louco, sem ser discriminado, e sendo "amado" por todos.

2. Pagar o preço.

A segunda opção é utopia. Ninguém é verdadeiro o tempo todo, nem muito menos, com todo mundo. Todos temos segredos incontáveis, vai dizer que não? Todos escondemos esqueletos no armário, e lá no fundo temos as nossas crises não superadas ou depressões enrustidas. Quem realmente nos conhece?

Conhecemos realmente alguém?

Pessoas são confiáveis? Lógico que não. Quantas vezes você já se decepcionou? E decepcionar alguém?

Pessoas são falhas, inconstantes, incrivelmente manipuláveis e fracas...

Qual a graça de tudo então?

A graça é confiar mesmo assim... não sou perfeito, por que os outros seriam?

Vou confiando, quem sabe um dia dá certo...

Só quero que esse seja um lugar que eu possa ser eu mesmo, sendo criticado sim, mas podendo falar do que eu sinto de verdade, sem precisar ser um personagem nessa comédia dos erros.